sábado, 30 de octubre de 2010

En él último debate

Sem confronto direto, clima morno
marca último debate presidencial

Serra e Dilma não puderam fazer perguntas entre si e trocaram críticas leves
 
 
Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) se enfrentaram nesta sexta-feira (29) no último debate da TV antes da eleição. Críticas leves, tom ameno e clima morno marcaram o encontro da petista e do tucano, que não podiam fazer perguntas entre eles, mas deviam responder apenas às questões da plateia, formada por eleitores indecisos, presente ao debate da Rede Globo.

Sem confronto direto, Dilma e Serra aproveitavam as respostas para cutucar o adversário. Em um dos momentos, a petista disse que quem cuida de pobre em São Paulo é o governo federal. O tucano era governador do Estado até abril deste ano, quando saiu para disputar a Presidência, e prometeu fortalecer o benefício.

- O Bolsa Família dá cerca de R$ 1.000 por ano, é muito pouca coisa, mas é legítimo. Eu vou fortalecer o Bolsa Família. No caso dos jovens, dar uma bolsa adicional para que o jovem possa fazer o curso profissionalizante, para ter um emprego. Você tem que dar incentivo para que as famílias busquem crescer na vida através de seus filhos.

Dilma também defendeu os programas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o Luz para Todos e o Minha Casa, Minha Vida, e defendeu os avanços na agricultura familiar.

- Nós tivemos uma das melhores experiências, que é agricultura familiar, ela foi beneficiada pelo [programa] Luz para Todos. [...] No Minha Casa, Minha Vida, separamos uma quantidade de habitações só para a vida rural.

Serra criticou a política econômica do governo, disse que os juros altos e a queda do dólar prejudicam o produtor rural. O tucano falou também da alta no preço dos alimentos.

- Nós estamos tendo agora uma inflação nos alimentos, que não são aumentos de temporada, são aumento muito fortes.

Educação
Serra afirmou que a educação muitas vezes "se torna motivo de batalha eleitoral" e criticou especialmente a politização dos sindicatos de professores. Dilma, ao comentar a resposta do adversário, defendeu a valorização dos professores por meio do pagamento de bons salários.

- Se não houver pagamento digno ao professor, não há valorização da profissão. [...] Pagar bem o professor é o grande desafio que teremos nos próximos anos.

A petista lembrou que o atual governo federal fez o piso nacional do magistério, de R$ 1.024, e cutucou Serra ao dizer que é necessário dialogar com os profissionais do ensino. Foi uma crítica indireta à repressão de manifestações realizadas por professores da rede pública quando Serra era governador de São Paulo, cargo no qual ele permaneceu até abril deste ano.

- Não se pode também estabelecer com o professor uma relação de atrito, recebê-los com cassetete ou interromper o diálogo. O diálogo é fundamental.
Funcionalismo
Ao falar de funcionalismo, Serra defendeu um serviço público eficiente e disse que é preciso que o governo dê bom exemplo.

- Funcionário público não trabalha direito se o exemplo de cima foi ruim.

Dilma usou o exemplo do governo federal para dizer que os funcionários públicos são bem pagos. Ela defendeu a educação e uma melhor remuneração para professores.

- Ele [o professor] tem que ser bem pago e tem que ter formação continuada. Eu sou contra que se mantenham serviços terceirizados e precários na função pública.

Segurança
Dilma defendeu fortalecimento das polícias Civil e Militar. A candidata disse que o governo federal usa inteligência e tecnologia para monitorar as fronteiras e controlar a entrada de drogas e armas no país.

- Criamos a Força Nacional de Segurança Pública, porque antes, cada vez que acontecia alguma coisa, chamavam o Exército.

O tucano, por sua vez, ponderou que, apesar de a segurança ser de responsabilidade dos Estados, o governo federal deve atuar em parceria com as administrações estaduais no combate ao crime organizado.

- A droga entra livremente no Brasil. [...] O crime se alastra e desgraça a vida de muitas famílias. O crime é nacional e ações de segurança são locais, isso não resolve.

Saúde
Outro assunto discutido no bloco foi a saúde. Serra, que foi ministro da área durante a gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, disse que o setor “andou para trás” nos últimos anos porque o atual governo não investiu o suficiente.

Dilma, em seguida, reconheceu que há problemas na saúde e defendeu uma maior fiscalização do governo federal para garantir a qualidade do atendimento. Para desonerar o SUS (Sistema Único de Saúde), falou da importância das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas, modelo que ela pretende expandir.

viernes, 29 de octubre de 2010

EXPO PERÚ 2010


                         Expo Peru 2010

Expo Peru 2010 tem como finalidade difundir no Brasil os atrativos, recursos e potencialidades do Peru de maneira integral, com o objetivo de aprofundar o conhecimento de nosso país e das excelentes relações bilaterais. Será um evento multidisciplinar, que mostrará as oportunidades comerciais de investimento que oferece o Peru e as manifestações culturais mais importantes.

                             Data: de 4 à 7 novembro

Local: Fundação Memorial da América Latina.

Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda. Próximo ao metro Barra
Funda.

Portão 12 - Entrada principal do evento.

Portão 15 - Entrada para o estacionamento.

Para visualizar o site da Fundação Memorial da América Latina

http://www.expoperu2010.com.br/

miércoles, 27 de octubre de 2010

Bolivianas migrantes ...buscando dignidad

Remesas femeninas con alto costo social

Emigrante boliviana en el aeropuerto de El Alto / Crédito:Franz Chávez/IPS.


Por Franz Chávez

LA PAZ, may (IPS) - La renuncia al descanso y a los días libres, el encierro en el lugar de trabajo por más de 24 horas y los bajos salarios son parte del costo que pagan las mujeres bolivianas en España, a cambio de un ingreso que les permita ahorrar y mantener la familia que dejaron atrás.

"Esta experiencia es muy dura. Se sufre mucho, es como estar en la cárcel para mí, todo por comprar una casa en Bolivia", relató a IPS la boliviana Amparo Valda, que desde enero de 2006 se dedica en Madrid al cuidado de diferentes personas.

España es el cuarto destino de los emigrantes bolivianos, detrás de Argentina, Estados Unidos y Brasil, pero ocupa un destacado primer lugar en las transferencias de dinero de los bolivianos desde el exterior.

Las bolivianas inmigrantes en España envían cada año al país el equivalente a 5,95 por ciento del producto interno bruto (PIB) nacional.

Se trata de un aporte muy superior al que realizan al PIB de sus países las mujeres de Ecuador (2,13 por ciento) y República Dominicana (1,13 por ciento), según el digital y español Centro de Investigación y Cooperación Especializado en Remesas de Inmigrantes (Remesas.org).

Es un esfuerzo que despierta admiración en los expertos y que se traduce en que las mujeres bolivianas baten el récord de los inmigrantes latinoamericanos en España en cuanto a transferencias, ya que remiten en promedio cada mes el equivalente a 625 dólares, cuando la media es de 327 dólares, según un estudio de junio de 2008.

Ese mismo informe reveló que las mujeres inmigrantes en general aportan 60 por ciento de las transferencias de los trabajadores extranjeros en España. Una feminización que se ahonda por el hecho de que las trabajadoras remitieron a su país 40 por ciento de su salario mientras que los varones enviaron 14 por ciento.

En Bolivia, esa participación femenina se explica también porque las mujeres representan 56 por ciento de las cerca de 600.000 personas que se fueron en busca de oportunidades entre 2003 y 2007, dijo a IPS Bruno Rojas, investigador del no gubernamental Centro de Estudios para el Desarrollo Laboral y Agrario (Cedla).

Un estudio elaborado en 2007 por el defensor del Pueblo (ombudsman) indicó que una quinta parte de las personas nacidas en Bolivia, 19,4 por ciento, viven fuera del país, informó a IPS la responsable nacional de Derechos Humanos de las Personas Migrantes de esa institución, Betty Pinto.

Bolivia, con unos 10,2 millones de habitantes --algo más de la mitad mujeres-- tiene una población económicamente activa de 6,6 millones, de la que el porcentaje de varones y mujeres es de 55 y 45.

Valda es un ejemplo de los dos millones de bolivianos que buscan mejores oportunidades en el exterior. Renunció a su puesto como administrativa en una oficina pública y a un salario equivalente a 327 dólares mensuales para emigrar a España, dónde según el Cedla el ingreso promedio actual de los bolivianos oscila entre 680 y 817 dólares.

En 2006, los salarios de los inmigrantes iban de 1.360 a 1.640 dólares, pero estos montos se hundieron como efecto de la debacle financiera mundial. Realizan labores sin protección social, con jornadas mayores a las ocho horas y sin beneficios sociales que se reconocen sólo a los trabajadores españoles, agregó Rojas.

"Mi meta, como la de cualquier migrante, es volver a mi país cuanto antes", relató Valda a IPS desde Madrid. Ella es parte del ejército de trabajadores privados voluntariamente de horas de recreo y de cualquier gasto no esencial, como comer fuera de casa o vestuario especial.

Sus jornadas de cuidado de ancianos son continuadas, durante las 24 horas del día, sin dejarle un respiro para el descanso y menos en días festivos, según su testimonio.

Varias historias de ciudadanas bolivianas en difícil situación laboral llegaron hasta el despacho de Pinto y motivaron una alianza estratégica con Remesas.org para realizar estudios sobre la situación de los bolivianos en Madrid, a fin de promover la restitución de derechos.

EL IMPACTO DE LAS REMESAS
El informe de Remesas.org expone el ángulo financiero de este drama social y afirma que Bolivia es extremadamente dependiente de las remesas enviadas por sus mujeres inmigrantes desde España, al bordear seis por ciento de PIB de este país andino.

"Se trata de un caso único y notabilísimo de dependencia macroeconómica de los giros femeninos cuya extraordinaria relevancia requiere de análisis que puedan pormenorizar sus efectos de forma detallada", sostiene el estudio.

En su reporte de balanza de pagos correspondiente a los primeros ocho meses de 2008, el Banco Central informó que la cuenta corriente registró un superávit de 1.576 millones de dólares, 535 millones de dólares mayor a la del mismo periodo de 2007.

"Este incremento fue producto principalmente del aumento de las exportaciones y las remesas de los emigrantes", afirmó.

El Banco Central situó las remesas de 2008 en 1.097 millones de dólares, equivalentes a ocho por ciento del PIB y superior a los 1.020 millones de dólares de 2007, pese a que el año pasado el mundo se sumergió en el colapso financiero.

La institución detalló que las remesas provienen en 40 por ciento de España, 22 por ciento de Estados Unidos y 17 por ciento de Argentina. Entre estos tres países suman 79 por ciento del total de remesas del país.

Pero Remesas.org e instituciones financieras como el Banco Interamericano de Desarrollo subrayan que el monto oficial de remesas registrado resulta inferior al real en porcentajes que oscilan entre 18 y 29 por ciento, porque al Banco Central llega información parcial sobre el fenómeno.

El Banco Central situó las exportaciones bolivianas de 2008 en unos 6.000 millones de dólares. Pero aunque oficialmente las remesas generaron sólo una sexta parte de ese valor, hay un elemento notable: los aportes de emigrantes son la segunda fuente de ingresos de divisas en el país, sólo superados por el gas, que en 2008 aportó 3.132 millones de dólares.

MUJERES SE QUEDAN Y HOMBRES RETORNAN

El análisis del mercado laboral español realizado por Rojas presenta a las mujeres con mayores facilidades para obtener trabajo, en relación a los varones, por la menor calificación exigida, pero a costa de un salario inferior.

Se trata del cuidado de ancianos, para el que no se requiere ser profesional o tener conocimientos de geriatría, el cuidado de niños o el trabajo en el servicio doméstico. "Una demanda que abre oportunidades a las mujeres y no a los varones", precisó.

De hecho, desde 2008 los hombres fueron afectados duramente por los despidos masivos que comenzaron en España a consecuencia de la crisis, mientras que sus compatriotas mujeres consiguieron conservar sus trabajos.

Como resultado, son varones los que en mayor número retornan desde España, expulsados por el hundimiento económico global, explicó Rojas.

Valda dijo que resulta evidente que sus compatriotas mujeres logran mantener sus empleos.

Pero también es un hecho, dijo, que "las mujeres que no tienen los documentos para trabajar legalmente sólo pueden tener puestos de cuidadoras, de limpieza o labores parecidas", casi siempre muy por debajo de su calificación laboral.

Pinto, responsable nacional de Derechos Humanos de las Personas Migrantes, informó que tras las denuncias su oficina consiguió la firma de convenios interinstitucionales con organismos no gubernamentales españoles para ofrecer en Madrid asesoramiento legal, laboral y contra la violencia de género. El protagonismo femenino de la migración boliviana adquiere proporciones llamativas en el departamento de Cochabamba, en el centro del país y cuya población tiene la mayor propensión a emigrar. Allí, 67 por ciento de la emigración es de mujeres, según la Defensoría del Pueblo.

También en los países de destino hay un caso especial de feminización, el de Italia, donde 70 por ciento de los inmigrantes de Bolivia son mujeres, destacó Pinto.

Un problema del éxodo boliviano, apuntó Rojas, es la improvisación. Una encuesta realizada por el Cedla en 2006 mostró que la mayoría de quienes querían emigrar, estaban decididos y decididas a hacerlo sin buscar antes un contrato de trabajo.

"Preferían ir a probar suerte, quizás atraídos por la información de las fáciles oportunidades de trabajo" de conocidos o familiares, explicó.

El analista observó otra consecuencia de la migración aún más preocupante. Al marcharse de sus hogares, las mujeres dejan a sus hijos al cuidado del padre y en menor proporción de otros familiares.

El resultado, dijo, es un "proceso de desestructuración familiar muy serio". (FIN/2009)

A cuatro dias de las elecciones en Brasil

A quatro dias do segundo turno, Dilma
está 17 pontos à frente de Serra

Petista tem 58,6% dos votos válidos, contra 41,4% do tucano

Considerando os votos totais, Dilma aparece com 51,9% da preferência dos eleitores e o tucano, com 36,7%. Os votos brancos e nulos somam 4,7% e os indecisos chegam a 6,8%.

Na pesquisa espontânea (quando o instituto não apresenta os nomes dos candidatos), 50,4% dos eleitores citaram a candidata do PT e 35,7%, o do PSDB. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não é candidato, foi mencionado por 0,2% dos eleitores. Brancos e nulos somaram 4,6%.

A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O Sensus entrevistou 2.000 pessoas em 136 cidades, entre os dias 23 e 25 de outubro. O levantamento foi encomendado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 37.609/2010.

A pesquisa mais recente sobre intenções de voto foi divulgada nesta terça-feira (26) pelo Instituto Datafolha. A candidata do PT estava 12 pontos à frente de José Serra. A petista ficou com 56% dos votos válidos, contra 44% do tucano.

lunes, 25 de octubre de 2010

EN BOLIVIA SE REUNIRAN LOS MIGRANTES SUDAMERICANOS

Países suramericanos y movimientos sociales analizan la temática de las migraciones


Tiquipaya, BOLIVIA 25 oct (EFE).- Representaciones de Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Colombia, Ecuador, Guayana, Paraguay, Perú, Surinam, Uruguay y Venezuela y de movimientos sociales inician el lunes en esta población del departamento central de Cochabamba una reunión de dos días para debatir el Plan Sudamericano de Desarrollo Humano para las Migraciones.

    Tiquipaya, conocida como la ciudad de las flores, albergó en abril pasado a la Primera Conferencia Mundial de los Pueblos sobre el Cambio Climático y la Defensa de la Tierra con la asistencia de millares de delegados de 142 países de todos los continentes.

    Una de las conclusiones de ese encuentro fue precisamente la masiva migración de poblaciones a diversas regiones a consecuencia de los daños provocados por el cambio climático producido a consecuencia de la irracional política de industrialización que impulsan algunos países desarrollados.

    El encuentro sobre migraciones se produce ante los problemas que se suscitan en países desarrollados de Norteamérica y Europa principalmente con la aplicación de medidas punitivas contra las migraciones extranjeras.

    La reunión que se realizará esta semana en Bolivia aprobará una posición que será presentada en el Foro Mundial de Migraciones que se realizará en México del  8 al 11 de noviembre.

    El evento será inaugurado con la presencia de altas autoridades del Gobierno boliviano y de la Organización Internacional de Migraciones (OIM).

sábado, 23 de octubre de 2010

Dossiê era entre Tucanos

 TSE proíbe Serra de usar "turma da Dilma" durante campanha

Em depoimento à PF, jornalista afirma que dossiê era “fogo amigo” entre tucanos

Líderes do PSDB tentavam culpar PT por quebra de sigilo de pessoas ligadas a Serra
Do R7


 
A quebra dos sigilos fiscais de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Verônica Serra, Eduardo Jorge Caldas e outros tucanos, ligados ao candidato José Serra, havia sido atribuída ao PT por líderes do PSDB. Nesta semana, porém, as apurações da Polícia Federal conduzem a um caso de investigação interna no partido por motivação política.

O jornalista Amaury Ribeiro Júnior confessou ter contratado o serviço ilícito de investigação. E em depoimentos à Polícia Federal, afirmou que um grupo ligado a José Serra procurava montar dossiê contra Aécio Neves, que à época do pedido, em dezembro de 2007, era governador de Minas Gerais e travava uma disputa interna com Serra para definir quem seria o candidato do PSDB à Presidência.


Leia trecho do depoimento:
depoimento, amaury

A declaração foi dada no último dia 15 em depoimento e o documento foi obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo. O depoimento do jornalista indica que, ao contrário das acusações feitas por Serra, o dossiê contra pessoas ligadas ao tucano nasceu após uma disputa interna dentro do próprio PSDB. A campanha de Serra acusava o PT e pessoas ligadas à campanha de Dilma de ter encomendado a quebra de sigilo de tucanos e de familiares de Serra.
Amaury disse que decidiu, por conta própria, elaborar um dossiê. À época, ele trabalhava no jornal O Estado de Minas. Segundo ele, após obter informações de suas fontes jornalísticas, ele conseguiu descobrir que se tratava de “grupo que trabalhava pra José Serra, sob o comando do deputado federal Marcelo Itagiba [PSDB-RJ]”.
Segundo ele, no grupo havia pessoas ligadas ao SNI (Serviço Nacional de Investigação).

O pedido teria partido de Itagiba, delegado e à ocasião deputado tucano carioca, muito ligado a Serra e comandante do serviço de inteligência da Polícia Federal durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso na Presidência.

Itagiba teria montado, então, ação com ex-agentes da Polícia Federal e da Abin (órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência) para vasculhar ações de Aécio e procurar supostas irregularidades.

Aécio tinha interesse em ser candidato do PSDB à Presidência e, como tem alto índice de aprovação principalmente em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral e decisivo na disputa presidencial, era uma barreira para Serra.

Em abril, o jornalista fez chegar aos ouvidos petistas a apuração, pois tinha interesse em participar da campanha de Dilma Rousseff. Mas o grupo que procurou não foi contratado pela campanha do PT.

Para o presidente do PT, José Eduardo Dutra, o resultado das investigações “comprova o que dizíamos desde o início” sobre o suposto dossiê, de que “não houve solicitação, encomenda, ou ligação do PT ou da campanha” [de Dilma] relativa à quebra de sigilo de pessoas ligadas a Serra.

- O que podemos constatar é que caiu por terra qualquer tentativa do candidato Serra de dar forma de estrela a esse episódio, a esse bicho. Esse bicho tem perna, pena e bico de tucano.

Dutra afirmou que ainda falta descobrir o “motivo”, daí o pedido de investigação sobre a suposta central de espionagem de Serra.

- Não temos nem tivemos qualquer responsabilidade nesse episódio. Pedimos o primeiro inquérito, fizemos aditamento e agora a partir do que foi informado hoje estamos solicitando investigação dessa central de espionagem comandada pelo deputado Marcelo Itagiba, que além de tucano é araponga contumaz.

Presencia de Perú Incas

Programa Latinoamerica no Ar




Em el programa Latinoamerica no Ar esta semana estuvo Paulo Illes del Cami , la Presidenta de la Asociacion de Arte Cultura Andina Peru Inca Tania Illes, como tambien la agrupacion musical desta asociacion todos peruanos, juntos estuvieron en el IV Foro Social Mundial de las Migraciones que se realizó en Quito Ecuador entre los dias 8 al 12 de octubre , Paulo hace una reseña de lo que fue este encuentro de movimientos sociales donde el actual escenario internacional atraviesa por una crisis estructural del modelo civilizatorio capitalista, neoliberal y patriarcal, en que el modelo está comandado por las grandes corporaciones multinacionales y algunos gobiernos que se mueven en el marco de la internacionalización y la financiarización del capital que en su afán de acumulación desmedida profundizan la degradación ambiental y la precarización laboral, tambien destaca que las economías del sur global (África, Asia y América Latina), antes de la crisis experimentaron un importante crecimiento económico basado en la exportación de materias primas, reafirmando el papel histórico de estos países como proveedores de recursos naturales y energéticos. Este crecimiento trajo consigo la expulsión de millones de personas, sin opciones de un verdadero proceso de desarrollo económico y social integral. El modelo funcionó para el gran capital industrial y financiero mientras las economías receptoras estaban en condiciones de absorber esta inmensa corriente migratoria, pero ahora, cuando la crisis persiste y en el norte se prioriza restablecer la rentabilidad de las grandes corporaciones, se evidencia más que nunca la falta de sustentabilidad del modelo, que pone en peligro la vida, la reproducción de la vida, la existencia misma de la humanidad y del planeta em este encuentro se trataron temas vigentes,como Crisis global y flujos migratórios , Derechos humanos y migraciones, Diversidad, convivencia y transformaciones socio-culturales, Nuevas formas de esclavitud, explotación humana y servidumbre, y Propuestas, demandas y desafios .
La agrupación musical arte cultura Andina Peru Inca , destaco la importância de participar en este fórum donde ellos tocaron como musicos invitados al evento, y mostraron toda su riqueza musical latina de contenido social y politico y ellos también son imigrantes . en el programa ellos tocaron em vivo musicas Del folclore latino americano .

martes, 19 de octubre de 2010

CASO BULLYNG CON ESTUDIANTES BOLIVIANOS

Combate a bullying requer ensinar imigração na aula, diz antropóloga

Por: Sarah Fernandes


Bolívia Cultural – Mesmo não sendo nativos da Bolívia, casos de bullying a estudantes filhos imigrantes são comuns?

Simone Toji – Por meio do diálogo com alguns membros de organizações vinculadas à comunidade boliviana, é comum ouvirmos relatos das dificuldades que os filhos de imigrantes passam dentro de escolas públicas de São Paulo.  É recorrente histórias de professores que não conseguem integrar tais alunos às suas dinâmicas pedagógicas, devido às diferenças culturais, o que resulta em um baixo desempenho desses alunos. Também é frequentemente relatada a dificuldade de comunicação entre a escola e os pais imigrantes. Eles não conseguem ajudar seus filhos uma vez que tudo é ensinado numa outra língua e num país diferente do de sua origem.  Como a escola pública e seus agentes não conseguem integrar os filhos de imigrantes, muitas vezes ocorrem casos de agressão envolvendo esses alunos, dentro e fora das escolas.

Bolívia Cultural – O que motiva esse tipo de preconceito a imigrantes latinos?

Simone Toji – O primeiro fator é a diferença cultural de pessoas de outra nacionalidade, o que os coloca como “diferentes” e “estrangeiros”. Tal situação pode criar inúmeras incompreensões e situações de abuso, pois as pessoas podem escolhê-los como alvo de suas agressões.

Bolívia Cultural – Os filhos imigrantes sofrem outras formas de agressão e preconceito em outros espaços além da escola? Quais você destacaria?

Simone Toji – Nem sempre as formas de agressão e preconceito se mostram tão claras. Muitas vezes elas são fluidas, como o sentimento de não acolhimento em determinados espaços. É uma sensação de não estar á vontade ou de não ser compreendido. 

Bolívia Cultural – Na sua opinião, o fato de ameaças e comportamentos preconceituosos acontecerem dentro da escola é mais grave? Por quê?

Simone Toji – Qualquer comportamento de caráter preconceituoso ou discriminatório em qualquer lugar é grave. No caso das escolas, a gravidade da situação provém da falha de um espaço público ser bem-sucedido em garantir a dignidade da pessoa humana e o exercício pleno de sua cidadania.

Bolívia Cultural – Os estudantes ameaçados não são bolivianos. São brasileiros filhos de imigrantes bolivianos. Nesse cenário, qual a responsabilidade da escola e da Secretaria de Educação frente às recentes denúncias?

Simone Toji – Em minha opinião, não deveria importar se um estudante é brasileiro ou estrangeiro. A escola pública deveria garantir educação de qualidade a qualquer aluno que a procure. Nesse sentido, as escolas públicas em São Paulo estão cumprindo seu papel, pois graças à mobilização da sociedade em torno do Estatuto da Criança e do Adolescente, os imigrantes e seus filhos estão sendo atendidos. O problema é que muitas vezes as escolas públicas não estão preparadas para lidar com a questão da imigração e do multiculturalismo e por isso acontecem casos de abusos a imigrantes e filhos de imigrantes no ambiente escolar.

A responsabilidade das escolas e da Secretaria de Educação é, em primeiro lugar, proteger os estudantes filhos de imigrantes dos abusos. Em seguida, é preciso dar um basta a essas situações de constrangimento e agressão. Por último, é preciso encontrar maneiras de valorizar a presença dos alunos filhos de imigrantes dentro do espaço escolar.

Bolívia Cultural – Que ações a escola pode adotar para evitar ameaças e preconceito a filhos de imigrantes latinos?

Simone Toji – As escolas devem ter a perspectiva de que vivemos em uma realidade globalizada e que por isso o multiculturalismo deve estar presente nas diretrizes pedagógicas das aulas. A convivência globalizada exige que a escola esteja preparada para atender essa realidade. Para isso, é preciso articular ações. Os professores devem ser sensibilizados e treinados para lidar com alunos imigrantes ou filhos de imigrantes. Os alunos não imigrantes devem ter a oportunidade de saber por que a imigração e a emigração acontecem e conhecer um pouco da cultura dos imigrantes.

O ensino de língua estrangeira também deveria englobar o espanhol como alternativa de aprendizado. A escola deve fortalecer os laços com os pais de alunos imigrantes para entender a dinâmica familiar e permitir que eles consigam se envolver na formação educativa de seus próprios filhos.

Bolívia Cultural – E quais as ações que a comunidade boliviana deve por em prática combater a discriminação e o preconceito?

Simone Toji – Considero que a comunidade boliviana já faz muitas ações pra combater as situações de discriminação e preconceito. A comunidade boliviana está se mobilizando cada vez mais, está denunciando esses casos. Acho importante que a comunidade boliviana, aliada a organizações sociais, proponham ações.

ELEÇÔES EM BRASIL

Dilma aparece 14 pontos à frente
de Serra, mostra pesquisa

Candidata do PT tem 57% de votos válidos, contra 43% do tucano

Na pesquisa mais recente para o segundo turno, divulgada no dia 15, Dilma aparecia oitos pontos à frente de Serra. O Datafolha mostrou a petista com 54% dos votos válidos, contra 46% do adversário.
O Vox Populi ouviu 3.000 eleitores do dia 15 ao dia 17 de outubro. A sondagem foi feita a pedido do portal iG. O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi feito com o número 36193/2010.

lunes, 18 de octubre de 2010

4to. FORUM MUNDIAL DOS IMIGRANTES NO EQUADOR

Políticas Migratórias da América do Sul no FSMM

Por: Tatiana Chang Waldman e Wendy Villalobos
Ontem, dia 08 de outubro, aconteceu dentro do Fórum Social Mundial de Migrações, em Quito – Equador, o taller “As Políticas Migratórias dos Países da América do Sul”, organizado pela Articulação Espaço Sem Fronteiras (ESF).
Espaço Sem Fronteiras é uma rede formada por diversas organizações sul-americanas que possuem como objetivo incidir politicamente nas instâncias de tomada de decisões da CAN, MERCOSUL e, especialmente, da UNASUL, por um reconhecimento integral dos direitos dos imigrantes e suas respectivas famílias, por uma integração e pelo direito de uma cidadania universal.
Atualmente, ademais de outras ações diretas, a articulação desenvolve uma ampla pesquisa sobre o estado atual das Políticas Migratórias na América do Sul, na perspectiva de reunir o conhecimento adquirido por cada uma das organizações pertencentes ao ESF no que diz respeito à situação concreta e cotidiana dos migrantes em diversas áreas, sempre na perspectiva dos direitos humanos e sua concretização.
O estudo permitirá o estabelecimento de uma comparação sobre as realidades de cada país e a construção conjunta de um documento inovador sobre as políticas migratórias na América do Sul, que poderá subsidiar as futuras ações tanto da sociedade civil quanto de espaços como a UNASUL e outras autoridades competentes.
O taller tratou especificamente dos resultados parciais deste estudo, atraindo um grande público que pode compartilhar de um panorama atual das políticas migratórias da América do Sul, por meio de exposições de integrantes da rede reconhecidos pelos trabalhos de destaque que desenvolvem na promoção dos direitos humanos e defesa dos imigrantes.
Conheça mais sobre o Espaço Sem Fronteiras em: www.espaciosinfronteras.org




Fonte:
Centro de Apoio ao Migrante/Serviço Pastoral dos Migrantes e Secretaria Técnica da Articulação Sul-Americana Espaço Sem Fronteiras

sábado, 16 de octubre de 2010

Esposa de Serra habrá practicado aborto

Mulher de Serra disse que
fez aborto, afirmam ex-alunas

Candidato diz ser contra aborto por "valores cristãos" e é questionado por mulheres
Do R7
A mulher de José Serra, Monica Serra, disse que fez um aborto quando estava no exílio com o marido, segundo ex-alunas dela do curso de dança da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). A informação, publicada neste sábado (16) no jornal Folha de S.Paulo, é da colunista Mônica Bergamo.

O candidato tucano diz ser contra o aborto por "valores cristãos", que impedem a interrupção da gravidez em quaisquer circunstâncias. Esse discurso é questionado por essas mulheres, segundo o jornal.

De acordo com a colunista, a publicação localizou uma ex-aluna de Monica, que confirmou a informação sob a condição de anonimato. Segundo essa professora de dança em Brasília, Monica disse ter feito o aborto por causa da ditadura.

Depois do golpe militar no Brasil, Serra se mudou para o Chile, onde conheceu a mulher.

A Folha tentou falar com Monica Serra durante dois dias para comentar o relato das ex-alunas, mas não obteve retorno.

O jornal relata ainda que, um dia depois do debate da TV Bandeirantes, no domingo passado (10), a bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, outra ex-aluna de Monica, postou uma mensagem em seu Facebook para deixar sua "indignação pelo posicionamento escorregadio de José Serra" em relação ao tema.
- Não sou uma pessoa denunciando coisas. Mas [ela é] uma pessoa pública, que fala em público que é contra o aborto, é errado. Ela tem uma responsabilidade ética.

Ela escreveu, segundo a Folha, que Serra não respeitava "tantas mulheres, começando pela sua própria mulher". A colunista relata outro questionamento de Sheila: "Devemos prender Monica Serra caso seu marido fosse [sic] eleito presidente?"
A reportagem do R7 procurou as assessorias de imprensa da campanha de José Serra e de sua mulher. Mas, em nenhum dos casos, obteve retorno. Foram deixadas mensagens nas caixas postais dos assessores às 10h14 e às 10h22, respectivamente.

RADIOS BOLIVIANAS EN SÃO PAULO-BRASIL

Rádios bolivianas em SP unem comunidade e se ocultam para driblar fiscalização Rodrigo Bertolotto
Em São Paulo

As rádios piratas são tão escondidas como as oficinas de costura. A oculta comunidade boliviana em São Paulo se refugia diante de fios e agulhas em jornadas de 17 horas, seis dias por semana (só no domingo eles são vistos nas ruas centrais). A concentração deixa só os ouvidos livres da tensão para não errar e ganhar R$ 1,50 por peça finalizada.

"Meteoro FM, 107.5, porque somos la diferencia en su sintonia en la capital paulista", retumba o slogan da estação de maior alcance, ouvida até na região da avenida Paulista e irradiando desde o Bom Retiro. No total, são quatro rádios levando notícias, música, novelas, anúncios, programas esportivos e palavras de consolo em espanhol para os mais de 100 mil imigrantes.

Clandestinamente, as antenas, os estúdios e o lugar no dial se instalaram na vida da cidade, mas desaparecem de tempos em tempos para driblar a fiscalização (clique abaixo para ouvir edição de trechos).




A mais antiga em funcionamento, a Infinita FM (106.7) saiu do ar na última semana, justamente quando voltou a ser sintonizada a rádio Galáctica (105.5). "Vocês estavam desaparecidos", brincou ao vivo a ouvinte Silvia, da oficina Los Leones de Penha, que telefonou para a estação para pedir que tocassem sua cumbia preferida da banda Los Culpables. "Sim, tivemos uns probleminhas, mas 2008 vai ser bem melhor", respondeu o locutor Lobito. Há ainda a FM Melodia, captada apenas na Casa Verde e cercanias.

Com endereço em uma rua movimentada do bairro comercial do Brás, a Infinita FM tem sede em um prédio decadente de seis andares, com sua antena de cinco metros postada no alto. Por lá, detrás de cada porta sai o barulho das máquinas. O elevador virou de carga, afinal, as sacolas com roupa são as principais usuárias dele. Só uma das portas oculta o estúdio onde Andrés Espinoza apresenta de manhã seu programa com as novidades do futebol boliviano.

Espinoza é quem leva à frente a campanha para sair da condição de pirata e virar uma rádio comunitária. Capitaneados pelo grupo Oboré, 117 estações paulistanas estão tentando a legalização junto ao Ministério das Comunicações.

A Infinita é a única nessa lista que serve a comunidade boliviana. "Os radialistas bolivianos nos procuraram. Nós ajudamos, mas o contato é ocasional", conta Cristina Cavalcanti, coordenadora do Oboré. Por medo dos fiscais, os comunicadores são arredios. A reportagem do UOL entrou em contato com três deles, mas eles se recusaram a dar entrevista ou faltaram aos encontros combinados por telefone celular, que passaram a não responder mais.

Se homologada, a rádio Infinita teria um raio de cobertura de um quilômetro nos bairros Pari e Brás. E as publicidades, que hoje ocupam boa parte de sua programação, seriam bastante limitadas: só empresas com sede na área de cobertura e sem divulgar preços e endereços (só apoio cultural).

Os anúncios são a forma com que essas rádios se sustentam atualmente. E eles vão de simples classificados a vinhetas bem elaboradas. A oferta de máquinas de costura é a campeã. Mas tem também propaganda de um dentista boliviano com consultório na rua Celso Garcia: "Una linda sonrisa abre corazones." Outro reclame traz o diálogo de um mulher tentando acordar seu marido que resiste em ir costurar e dorme um pouco mais "no colchão macio e lindo" da loja X do Bom Retiro.

BOLIVIANOS PAULISTAS

87% dos bolivianos em SP têm entre 20 e 24 anos e prefere ouvir música dançante

Menina boliviana cuida de armazém com batatas típicas na rua Coimbra, no Brás

Salões de beleza da comunidade estão entre os anunciantes das FMs bolivianas

Portunhol domina cartazes de lojas nas ruas do Brás que concentram comércio andino
TOP 1 DAS RÁDIOS BOLIVIANAS
CONFIRA RAPPER BOLIVIANO
Há também quem ofereça emprego, como Juan Carlos anunciando "trabajo bico" com o "salário altíssimo de R$ 700" - o locutor termina apelando para que o ouvinte "avise seus amigos desamparados". Outros procuram casa na região do Belenzinho para instalar oficina ou oferecem apartamento em Cochabamba (ótimo investimento "en nuestra amada patria").

Os restaurantes típicos, as "peluquerias" especializadas nos cortes mais populares de cabelo e as lojas de aviamentos são a base dos patrocinadores das rádios. Alguns informes publicitários esclarecem que, para o estabelecimento atender, o cliente deve "tocar al timbre" (apertar a campainha), ou seja, também as lojas são encobertas.

A maioria dos estabelecimentos está na rua Coimbra, no Brás, epicentro dos andinos. Lá estão o restaurantes El Campeón ("El mejor frango a la brasa de São Paulo") e o já tradicional Illimani, cujo dono, Jorge Merubia, é uma espécie de embaixador dos imigrantes e promotor da feira típica na praça Kantuta. É lá que as ouvintes depositam cartas que serão lidas no programa "Caminando En La Tarde". São histórias de amor, separação, pobreza e sacrifício, dando uma versão melodramática para a migração.

As rádios também servem para unir esses estrangeiros. Na Meteoro, o locutor Efrain Garcia convocou os ouvintes a participarem de ato pela anistia dos indocumentados na praça da Sé. "Se você for jogar futebol no domingo e não participar, vai prejudicar todos seus compatriotas", advertia no ar, pedindo para seus ouvintes evitarem pelo menos em um fim-de-semana o divertimento preferido.

Em outros momentos, o rádio ajuda a localizar familiares ou amigos espalhados em outras oficinas. Como o setor de confecção vive uma estiagem entre os meses de janeiro e dezembro (a moda de verão já foi entregue e a de inverno só começa em março), muitos bolivianos voltam para o Altiplano de férias. Recados na rádio são do tipo "Ramiro procura sua irmã Adriana porque está de viagem marcada para La Paz."

As rádios também falam de medicina. Por um lado, alertam para o perigo da tuberculose, que teve surto entre a comunidade devido ao trabalho e hospedagem em ambientes fechados e sem ventilação. Por outro, oferece ungüentos e pomadas para dores de coluna e cãibras, corriqueiras para quem fica dias e dias sentado trabalhando.

A maioria dos imigrantes bolivianos (87%) tem entre 20 e 24 anos e baixo nível de instrução. Ficam no Brasil um ou dois anos no sacrifício para voltar para seu país. Eles preferem ouvir o pop latino, com muita salsa, cumbia villera e reggaeton (ritmo dos porto-riquenhos de Nova York, com influência do rap). Pouco se escuta a típica música andina.

Também não se ouve o rap de Abraham Bojorquez, que influenciado por sua temporada em Artur Alvim, bairro da Zona Leste paulista, adaptou a música de protesto do grupo Racionais MC para contar a realidade dos mais pobres do Altiplano, a base eleitoral do presidente Evo Morales.

Quando ligam para pedir uma música, os ouvintes aproveitam para mandar saudações para os amigos de outras oficinas, com nomes como Los Tigres de Vila Maria, Me Voy O Me Quedo ou Los Noveleros. Também tem os "saludos para mi jefe" (o chefe conterrâneo que comanda a oficina, que fique claro, não o contratista coreano que faz as encomendas e estabelece prazos curtos e pagamentos precários).

Por seu lado, os locutores pedem para que eles mandem abraços em quéchua e aimará, línguas indígenas faladas por lá. E também dizem palavras de incentivo ("feliz jornada de trabalho" ou o chavão "o trabalho faz o homem").

Tanto a Meteoro com a Infinita adotaram seus nomes de rádios já existentes na Bolívia, respectivamente, de Santa Cruz De La Sierra e La Paz. Apesar da religião predominante na Bolívia ser a católica, com resquícios da crença autóctone na pachamama (a deusa terra), as duas rádios têm programas no horário do almoço professando a fé neopentecostal, com direito a "denunciar" a influência demoníaca do Natal.