Sem confronto direto, clima morno
marca último debate presidencial
Serra e Dilma não puderam fazer perguntas entre si e trocaram críticas leves
Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) se enfrentaram nesta sexta-feira (29) no último debate da TV antes da eleição. Críticas leves, tom ameno e clima morno marcaram o encontro da petista e do tucano, que não podiam fazer perguntas entre eles, mas deviam responder apenas às questões da plateia, formada por eleitores indecisos, presente ao debate da Rede Globo.
Sem confronto direto, Dilma e Serra aproveitavam as respostas para cutucar o adversário. Em um dos momentos, a petista disse que quem cuida de pobre em São Paulo é o governo federal. O tucano era governador do Estado até abril deste ano, quando saiu para disputar a Presidência, e prometeu fortalecer o benefício.
- O Bolsa Família dá cerca de R$ 1.000 por ano, é muito pouca coisa, mas é legítimo. Eu vou fortalecer o Bolsa Família. No caso dos jovens, dar uma bolsa adicional para que o jovem possa fazer o curso profissionalizante, para ter um emprego. Você tem que dar incentivo para que as famílias busquem crescer na vida através de seus filhos.
Dilma também defendeu os programas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o Luz para Todos e o Minha Casa, Minha Vida, e defendeu os avanços na agricultura familiar.
- Nós tivemos uma das melhores experiências, que é agricultura familiar, ela foi beneficiada pelo [programa] Luz para Todos. [...] No Minha Casa, Minha Vida, separamos uma quantidade de habitações só para a vida rural.
Serra criticou a política econômica do governo, disse que os juros altos e a queda do dólar prejudicam o produtor rural. O tucano falou também da alta no preço dos alimentos.
- Nós estamos tendo agora uma inflação nos alimentos, que não são aumentos de temporada, são aumento muito fortes.
Educação
Serra afirmou que a educação muitas vezes "se torna motivo de batalha eleitoral" e criticou especialmente a politização dos sindicatos de professores. Dilma, ao comentar a resposta do adversário, defendeu a valorização dos professores por meio do pagamento de bons salários.
- Se não houver pagamento digno ao professor, não há valorização da profissão. [...] Pagar bem o professor é o grande desafio que teremos nos próximos anos.
A petista lembrou que o atual governo federal fez o piso nacional do magistério, de R$ 1.024, e cutucou Serra ao dizer que é necessário dialogar com os profissionais do ensino. Foi uma crítica indireta à repressão de manifestações realizadas por professores da rede pública quando Serra era governador de São Paulo, cargo no qual ele permaneceu até abril deste ano.
- Não se pode também estabelecer com o professor uma relação de atrito, recebê-los com cassetete ou interromper o diálogo. O diálogo é fundamental.
Funcionalismo
Ao falar de funcionalismo, Serra defendeu um serviço público eficiente e disse que é preciso que o governo dê bom exemplo.
- Funcionário público não trabalha direito se o exemplo de cima foi ruim.
Dilma usou o exemplo do governo federal para dizer que os funcionários públicos são bem pagos. Ela defendeu a educação e uma melhor remuneração para professores.
- Ele [o professor] tem que ser bem pago e tem que ter formação continuada. Eu sou contra que se mantenham serviços terceirizados e precários na função pública.
Segurança
Dilma defendeu fortalecimento das polícias Civil e Militar. A candidata disse que o governo federal usa inteligência e tecnologia para monitorar as fronteiras e controlar a entrada de drogas e armas no país.
- Criamos a Força Nacional de Segurança Pública, porque antes, cada vez que acontecia alguma coisa, chamavam o Exército.
O tucano, por sua vez, ponderou que, apesar de a segurança ser de responsabilidade dos Estados, o governo federal deve atuar em parceria com as administrações estaduais no combate ao crime organizado.
- A droga entra livremente no Brasil. [...] O crime se alastra e desgraça a vida de muitas famílias. O crime é nacional e ações de segurança são locais, isso não resolve.
Saúde
Outro assunto discutido no bloco foi a saúde. Serra, que foi ministro da área durante a gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, disse que o setor “andou para trás” nos últimos anos porque o atual governo não investiu o suficiente.
Dilma, em seguida, reconheceu que há problemas na saúde e defendeu uma maior fiscalização do governo federal para garantir a qualidade do atendimento. Para desonerar o SUS (Sistema Único de Saúde), falou da importância das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas, modelo que ela pretende expandir.
Sem confronto direto, Dilma e Serra aproveitavam as respostas para cutucar o adversário. Em um dos momentos, a petista disse que quem cuida de pobre em São Paulo é o governo federal. O tucano era governador do Estado até abril deste ano, quando saiu para disputar a Presidência, e prometeu fortalecer o benefício.
- O Bolsa Família dá cerca de R$ 1.000 por ano, é muito pouca coisa, mas é legítimo. Eu vou fortalecer o Bolsa Família. No caso dos jovens, dar uma bolsa adicional para que o jovem possa fazer o curso profissionalizante, para ter um emprego. Você tem que dar incentivo para que as famílias busquem crescer na vida através de seus filhos.
Dilma também defendeu os programas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o Luz para Todos e o Minha Casa, Minha Vida, e defendeu os avanços na agricultura familiar.
- Nós tivemos uma das melhores experiências, que é agricultura familiar, ela foi beneficiada pelo [programa] Luz para Todos. [...] No Minha Casa, Minha Vida, separamos uma quantidade de habitações só para a vida rural.
Serra criticou a política econômica do governo, disse que os juros altos e a queda do dólar prejudicam o produtor rural. O tucano falou também da alta no preço dos alimentos.
- Nós estamos tendo agora uma inflação nos alimentos, que não são aumentos de temporada, são aumento muito fortes.
Educação
Serra afirmou que a educação muitas vezes "se torna motivo de batalha eleitoral" e criticou especialmente a politização dos sindicatos de professores. Dilma, ao comentar a resposta do adversário, defendeu a valorização dos professores por meio do pagamento de bons salários.
- Se não houver pagamento digno ao professor, não há valorização da profissão. [...] Pagar bem o professor é o grande desafio que teremos nos próximos anos.
A petista lembrou que o atual governo federal fez o piso nacional do magistério, de R$ 1.024, e cutucou Serra ao dizer que é necessário dialogar com os profissionais do ensino. Foi uma crítica indireta à repressão de manifestações realizadas por professores da rede pública quando Serra era governador de São Paulo, cargo no qual ele permaneceu até abril deste ano.
- Não se pode também estabelecer com o professor uma relação de atrito, recebê-los com cassetete ou interromper o diálogo. O diálogo é fundamental.
Funcionalismo
Ao falar de funcionalismo, Serra defendeu um serviço público eficiente e disse que é preciso que o governo dê bom exemplo.
- Funcionário público não trabalha direito se o exemplo de cima foi ruim.
Dilma usou o exemplo do governo federal para dizer que os funcionários públicos são bem pagos. Ela defendeu a educação e uma melhor remuneração para professores.
- Ele [o professor] tem que ser bem pago e tem que ter formação continuada. Eu sou contra que se mantenham serviços terceirizados e precários na função pública.
Segurança
Dilma defendeu fortalecimento das polícias Civil e Militar. A candidata disse que o governo federal usa inteligência e tecnologia para monitorar as fronteiras e controlar a entrada de drogas e armas no país.
- Criamos a Força Nacional de Segurança Pública, porque antes, cada vez que acontecia alguma coisa, chamavam o Exército.
O tucano, por sua vez, ponderou que, apesar de a segurança ser de responsabilidade dos Estados, o governo federal deve atuar em parceria com as administrações estaduais no combate ao crime organizado.
- A droga entra livremente no Brasil. [...] O crime se alastra e desgraça a vida de muitas famílias. O crime é nacional e ações de segurança são locais, isso não resolve.
Saúde
Outro assunto discutido no bloco foi a saúde. Serra, que foi ministro da área durante a gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, disse que o setor “andou para trás” nos últimos anos porque o atual governo não investiu o suficiente.
Dilma, em seguida, reconheceu que há problemas na saúde e defendeu uma maior fiscalização do governo federal para garantir a qualidade do atendimento. Para desonerar o SUS (Sistema Único de Saúde), falou da importância das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas, modelo que ela pretende expandir.