viernes, 4 de marzo de 2011

EL CARNAVAL BOLIVIANO .. SERA EN EL MEMORIAL ..EN BARRA FUNDA


CARNAVAL 2011 NO MEMORIAL - BARRA FUNDA

Por: Da Redação



Bolivianos festejam no Memorial neste domingo

Os bolivianos radicados em São Paulo também comemoram o carnaval. A festa será no domingo, 6 de março, a partir das 12h, na Praça Cívica do Memorial. "Morenadas", "diabladas", desfile a fantasia e de bandas típicas apresentam a diversidade cultural da Bolívia. A comemoração é organizada pelo Consulado Geral da Bolívia em São Paulo e pelas entidades que representam os bolivianos emigrados.
O número exato de bolivianos em São Paulo é desconhecido, mas calcula-se algo entre 150 e 200 mil pessoas. Muitos deles se organizaram em torno da Associação Cultural de Grupos e Conjuntos Folclóricos Bolívia Brasil e dão exemplo na promoção da cidadania e da responsabilidade social por meio da integração cultural e cultivo de suas tradições, folclore, festas e devoções.

A comunidade boliviana faz outras festas no Memorial, como a comemoração da Independência de seu país, em agosto, e o ritual católico e sincrético em louvor à Virgem de Copacabana, padroeira da Bolívia, e à Virgem de Urkupiña, padroeira de “la integración” – integração aqui no sentido amplo, das várias nacionalidades que formam a Bolívia entre si e integração dos filhos emigrados às sociedades dos países escolhidos para morar e trabalhar.


Conheça a forma em que os bolivianos se organizam:











































Fraternidade Morenada Nueva Revelación
 A Fraternidade Morenada Nueva Revelácion demonstra o folclore boliviano com a dança morenada, uma das mais expressivas manifestações de cultura boliviana. O nome adotado pela fraternidade “Nueva Revelácion”  vem da festividade do Senhor do Gran Poder. Eles adotam o lema : “Fé e devoção à Virgem de Copacabana, com prêmio ou sem prêmio”. Segundo seus fundadores, eles transmitem a todos integrantes a união, amizade, devoção e fé nas Virgens de Copacabana e Urkupiña.



Fraternidade Folclórica e Cultural Caporales Universitários San Simón SP Fundada no dia 22 de novembro de 2007, em São Paulo, por um grupo de amigos que queriam se expressar por meio da “dança caporales”, ela se divide nos blocos: “ Tropa de homens :Verdaderos Simones”, “Tropa de cholitas: Las simonitas”. Suas cores são o azul e o vermelho. Seu lema: “Sorrir, cantar y bailar .. San Simón te vá a mostrar!”

Fraternidade Diablada 10 de febrero  Fundada pelo casal Jorge Choquecallata Mollo e Julia Huarachi Arias, filhos, familiares e amigos, todos ansiosos em demonstrar a dança da “Diablada”, destaque do famoso Carnaval de Oruro, cidade que é símbolo do carnaval boliviano. A dança da Diablada consiste na interpretação da eterna luta do bem contra o mal, representada pela pugna entre o Arcanjo Miguel e a legião de diabos que tentam impor a força do mal sobre a terra. Ao mesmo tempo, é a comunhão de tradições antigas, anterior à chegada dos espanhóis, com a cultura européia. Demonstração disso são os trajes e as impressionantes máscaras usadas pelos dançantes.  

Fraternidade
 Juventude Rebelde Composta por jovens e crianças, usam trajes coloridos e espalhafatosos. A fraternidade tem por objetivo dançar para a Virgem de Copacabana e Urkupiña e o faz com muita fé e devoção.



Tinkus BOLIVIA  Wuayna lisos Expressão  “ quéchua” que significa encontro, união, equilíbrio, convergência. Praticado no norte da cidade de Potosí, Tinku é o nome de brigas rituais nas quais se encontram bandos opostos onde parecem guerrear mas na realidade trata-se de um ritual, posto que une em vez de separar. O ritual está sendo diversificado e transformando-se em dança folclórica praticada em toda Bolívia , sendo alegre e contagiante. O ritmo pulsante do Tinku e as cores vibrantes das roupas dos dançarinos, fizeram da Fraternidade Tinkus Wuayna Lisos uma das mais apreciadas pela comunidade boliviana.

Fraternidade Morenada Juventud Intocables
" Los Intocables” com o apoio de todos seus fraternos, amigos e familiares levam adiante a fé e devoção à Virgem de Copacabana e Urkupiña, bem como são entusiastas participantes das festividades em homenagem à independência da Bolívia, quando dançam a morenada.

Fraternidade Kullaguada Esmeraldas Del Vale
 Devotos da Virgem de Copacabana e Urkupiña, demonstram a beleza da mulher nativa,  com a cadência de sua dança, segurando uma “kapu”. Os passos evocam o ritual das fiandeiras do passado, que, ao retornarem das grandes cerimônias , demonstravam o desfiar da lã . Esta dança tem como símbolo a “ roca”, que no idioma Aymará é “Kapu”.

Grupo Folclorico Kantuta BoliviaÉ um dos grupos pioneiros de dança folclória boliviana (fundado em 1993) e gozam do respeito da comunidade. É formado por crianças, jovens e adultos. Tem uma larga carreira de participações em eventos em São Paulo.

Grupo Folclorico K’ori Jallpas
 O grupo folclórico apresenta a dança Salaque, ritmo boliviano também chamado Huayno, em quéchua. Este grupo é composto de estudantes da escola Domingos Faustino Sarmiento, do programa Escola-Familia, que a cada final de semana oferece diferentes cursos e atividades de capacitação para estrangeiros, em especial a comunidade Boliviana.


Morenada Bolívia Central Os fundadores assumiram o desafio de demonstrar a dança do Moreno e a sua cultura originaria, por meio da uniformidade, coreografia e organização. A Fraternidade optou pelo nome com o sentimento de reunir e unificar a comunidade boliviana sem distinção de classes sociais. Consideram-se herdeiros diretos da grande nação “Jaymar Aru” e almejam não só agradecer à mãe terra “Pachamama”, como  recuperar as praticas culturais que foram motivos de orgulho dos seus ancestrais. Ao mesmo tempo, desde sua fundação, a Fraternidade louva  a milagrosa Virgem de Copacabana.

Juventud chicheña Fundando em 10 de novembro de 2007 por “fraternos” do Sul da cidade de Potosí, na Bolívia, o Juventud Chicheña representa a dança tarqueada, na alegria, ritmo e cadência contagiante de instrumentos de sopro tradicionais.

Conjunto Auctoctono Jacha Sicuris de Italaque “Nuevo amenecer”
 Na Bolívia, a arte de tocar instrumentos tradicionais, como “Zampoñas” e “bombos”, passa de geração a geração. Querendo preservar essa tradição em terras estrangeiras, um grupo de bolivianos criou essa fraternidade, que procura cultivar essa herança.


6 de março, domingo, a partir das 12h

Carnaval boliviano em São Paulo

Praça Cívica do Memorial

ENTRADA FRANCA


VEA LA AGENDA DEL CARNAVAL EN LA COMUNIDAD BOLIVIANA



Saiba o que vai rolar no Carnaval Boliviano 2011

Por: Da Redação


O Carnaval cheio de cores e tradições que é o carnaval boliviano, será comemorado nos dias 6,  7 e 8 de março como já é tradição pela comunidade boliviana na cidade de São Paulo.
.
Que este ano todos as realizações comemorativas, possam trazer um pouco da Bolívia para todos os bolivianos aqui do Brasil e que os brasileiros possam sentir um pouco da magia e da cultural boliviana.
.
Veja abaixo o que as instituições bolivianas e associadas estão realizando para os festejos carnavalescos


Associação Gastronômica Cultural Folclórica Boliviana Padre Bento “Praça Kantuta”:
.

































'' A comemoração do Carnaval 2011 da Praça Kantuta será no dia 6 de Março - domingo -, terá início às 10h com a Entrada del Corso Infantil e em seguida a Entrada Adulta com Grupos Folclóricos de dança:

    
     - Chutas Choleros;

     - Diablada;

     - Caporales;
     - Tinku;
     - Pepinos;
     - Disfraces (fantasias)
     - Buris e muito mais
.
No palco estarão presentes dirigentes da comunidade bolivianas, assim como representantes consulares da Bolívia entre outras.
.
Durate o dia está liberado a farra de espuma, as bexigas D’água (globos) e as serpentinas.
.
São esperadas 10 mil pessoas neste carnaval e para a comodidade e segurança deste público  teremos uma unidade médica Móvel, seguranças, banheiros químicos e o estacionamento será no CMTC a poucos passos da Praça, diz Wilber Flores em entrevista com Bolívia Cultural.

Para comodidade e organização do desfile dos grupos folclóricos de dança, serão instaladas barreiras de fluxo (grades protetoras), isolando o público dos dançarinos, assim evitando confusões ou impedimentos as apresentações.





Fonte: Wilber Flores (Secretário de Eventos)
Tel.: 11 3228 1069 / 11 7233 3767 / 11 8769 9769

.
Associação Cultural Folclórica Bolívia Brasil - no Carnapholia na Estação da Luz

















Este ano de 2011, a comunidade mais uma vez participa do Carnapholia, o Carnaval de rua, que será realizado na Estação da Luz.

Os organizadores do Carnapholia,o  Sr. Zeca del Secco, ratifica pela 5º vez a participação da comunidade Boliviana no Pré Carnaval, manifestando que a cidade de São Paulo é uma cidade multicultural, onde a comunidade boliviana expressa a multiculturalidade paulistana.

A comunidade se organiza pela Associação Cultural Folclórica Bolívia Brasil, onde todos os Grupos e Fratenidades folclóricas expressam a Bolíva na comemoração do carnaval.

Este ano a Comunidade Boliviana expressara o Carnaval comemorado na cidade de La Paz, ao ritmo da dança "chutas".

A apresentação da Bolívia no Carnaphlia, será as 14:30 na estação da Luz, nas ruas entro o Parque da Luz e a Estação da Luz.

Fonte: Ruth Camacho (Presidente da Associação Cultural Folclórica Bolívia Brasil)
.
.
.
ASSOCIAÇÃO CULTURAL FOLCLÓRICA BOLÍVIA BRASIL - NO MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA
.















Pela primeira vez, a comunidade boliviana, pela Associação Cultural Folclórica Bolívia Brasil, apresentará no Memorial da América Latina a diversidade de comemoração do carnaval boliviano, rico em cores e roupas que demonstram as diferentes regiões bolivianas pretendendo fazer parte do calendário de carnaval paulistano, onde estaremos apresentando no dia 06 de março a partir das 11h no Memorial da América Latina na Praça Cívica.




ruth@wincomp.com.brFonte: Ruth Camacho (Presidente da A
.

 .
Instituto Embelleze:
.













''Neste carnaval estamos com agenda lotada pois temos parceria com muitas instituições, mas pretendemos fazer uma festa de carnaval aqui no Instituto Embelleze, terá a participação massiva da comunidade boliviana.''

.
Fonte: Nathália Gonzalezz (Gerente Comercia)
Tel.: 11 2618 1643 / 11 2618 1551

..
Kantuta Bolívia:


















‘’Participaremos da festa no dia 6 de março na Praça Kantuta, com a apresentação da dança folclórica Caporales, participarão 80 integrantes nesta apresentação.

Aproveitaremos a ocasião para realizar o batismo de 45 novos integrantes de nosso grupo.’’
.
Fonte: Herlan Carbajal (Vice-Presidente)
Tel.: 44610397 - 80629040
.

jueves, 3 de marzo de 2011

Carnaval paceño 2011: Cancelan Corso Infantil, Farándula y Ch’alla

La Paz - Bolivia.- El municipio paceño decidió cancelar el Corso Infantil, la Farándula de Carnaval y la tradicional Ch’alla previstos para este sábado 5, domingo 6 y martes 8, respectivamente, según anuncio efectuado ayer por el oficial Mayor de Cultura, Wálter Gómez.

Entretanto, la retreta con Los Olvidados, el domingo de tentación, se convertirá en una gran maratón solidaria el sábado 12 en el Teatro al Aire Libre con la participación de importantes artistas. El Jisk’a Anata se traslada al 2 de abril.

A esta determinación se suma la actitud de la ciudadanía que ha perdido el entusiasmo para celebrar el Carnaval 2011. “A la fecha una sola comparsa se inscribió para la Farándula y tres al Corso, lo que demuestra el estado de ánimo de la población ante el dolor de centenares de paceños”, informó la autoridad

NUEVO CALENDARIO

El calendario modificado del Carnaval es el siguiente:

Jueves 3, el Museo Nacional de Arte (calle Comercio) abrirá sus puertas a la música interpretada por grupos folklóricos, orquestas, bandas, comparsas, personajes paceños y otros en un prolongado recital de doce horas continuas (07:00 a 19:00 horas). El propósito es recaudar alimentos y vituallas para los damnificados.

El viernes 4 se llevará a cabo la elección de la Reina de Antaño en el Teatro Modesta Sanginés de la Casa Municipal de Culturas, los asistentes deberán depositar un donativo al ingreso. La siguiente actividad, que reemplaza a la tradicional retreta del domingo de tentación y entierro del pepino en la plaza Murillo, será la maratón solidaria del sábado 12 en el Teatro al Aire Libre “Jaime Laredo”, bajo la batuta del Movimiento Cultural Los Olvidados que celebrará sus Bodas de Plata acompañado por varios y reconocidos grupos musicales.

En el caso del Jisk’a Anata se anunció que se respetará los patentes adquiridos con anterioridad para el armado de asientos a lo largo de la ruta; considerando la inversión hecha en bandas y trajes, además de la organización en las comunidades visitantes, el Comité trasladó la fecha hasta el 2 de abril.




miércoles, 2 de marzo de 2011

LA MUSICA CONTRA EL RACISMO



Blanco Loco y el hip hop migrante


HIP HOP INMIGRANTE





La palabra ‘boliviano’ ha mutado en Argentina. Este término sirve ahora a los jóvenes del vecino país para insultarse entre sí. Los aires de xenofobia se hacen presentes también en las paredes de las villas de la capital, a través de grafitis: “A las bolivianas no las queremos ni de putas”. 
Juan Carlos Blanco se irrita cada vez que habla sobre estos temas. Sin embargo, este paceño —que lleva 16 de sus 29 años trabajando en talleres textiles de Buenos Aires— ha encontrado en el hip hop el mejor instrumento para desahogar su frustración y para denunciar estos extremos en escenarios argentinos. “Salgo del trabajo todo sudado y cansado/Me voy a tomar una cerveza a las vías/Y los policías discriminando mi color de piel/No tengo documentos, y qué/ Ahora, ¿por eso me vas a golpear?(...)/Es con esto que Argentina ensucias/Azules de mierda, esto es protesta/¿Saben qué?/Estoy en este país como inmigrante/No es un delito es más bien algo frustrante/Estamos aquí para ganarnos un par de pesos/por culpa de políticos ociosos de nuestros países/Ahora estamos pagando las perdices/de otros cabrones que se comen codornices, rima con fiereza en la canción Inmigrantes somos.
Blanco Loco —el nombre artístico de Juan Carlos— ha conformado en Buenos Aires el grupo Frente Inmigrante, que cuenta con MC (vocalistas de música rap) bolivianos y peruanos. A ellos se suman de forma esporádica las voces de expatriados paraguayos y uruguayos. Todos ellos han formado su talento de forma empírica e impulsados por sus deseos de plasmar en la música su realidad como migrantes.
La anterior semana, Blanco Loco llegó al país para entablar un encuentro con hiphoperos alteños. Con ellos intercambió ideas, material y grabó de forma artesanal un tema que será difundido en Argentina.
A sus 14 años, Juan Carlos Blanco ya era un “mañudo” del mundo textil. Junto a un tío suyo, el adolescente trabajaba en la zona Norte de La Paz confeccionando deportivos con la etiqueta: “Hecho en Chile”.
“Con orgullo colocábamos el sello nacional, pero la gente no compraba. Entonces decidimos probar y pusimos en los deportivos que eran hechos en Chile. Increíblemente empezamos a vender e incluso las personas nos pagaban mucho más. En esa época me di cuenta de que los bolivianos no nos valoramos para nada”.
Meses después, Blanco migró a Argentina para trabajar como confeccionista en una empresa de un familiar de su padrastro. “En realidad me llevaron con puro engaños. Me pagaban 100 dólares al mes, una miseria. Y cuando reclamé y dije que me iría, el dueño me golpeó. Terminé con mi maleta y mi ojo morado en las calles de Buenos Aires. Por cuatro días dormí en las plazas hasta que encontré otro taller donde me doblaron el sueldo”, rememora.
Para el 2001 la crisis económica del vecino país llevó a los raperos argentinos a transformar en canto la bronca de las grandes mayorías argentinas. “Así descubrí el hip hop. Y me di cuenta que yo también tenía mucho que expresar sobre la realidad de los inmigrantes. Conocí a algunos raperos bolivianos que ya lo hacían y decidí sumarme a ellos con mi voz”. Blanco lleva nueve años en ese trajín y sin perder su esencia nacional. “Hay hiphoperos potosinos, orureños y paceños que mantenemos nuestro acento boliviano, lo que lamentablemente no pasa con muchos de nuestros compatriotas que a los dos meses ya hablan como gauchos”, se queja.
Una voz crítica
El cantante asegura que esto sucede como una forma de defensa para evitar la discriminación. “Ser un inmigrante de piel morena y no hablar como un argentino son delitos que la sociedad no perdona”.
Blanco ha alzado su voz, asimismo, contra la inacción de las autoridades bolivianas que se encuentran en ese país. El Consulado, la Embajada/chakatau/se ha perdiu/no se ha sentiu/Vergüenza por el Blanco Loco,/más vergüenza por el Gringo (Gonzales) loco, se escucha en un tema.
Su primer disco, Sin mentiras, salió el 2007 y fue promocionado por las emisoras bolivianas en Buenos Aires. Blanco ha compartido escenario con hiphoperos argentinos como Rimas Casuales. Y a pesar de que su nombre ha comenzado a consolidarse en el gusto de los jóvenes bolivianos que habitan Argentina, Blanco ha decidido terminar su vida inmigrante. “Extraño mucho mi país. Es hora de volver y comenzar de nuevo”, dice el padre de dos hijos, pequeños que ya se encuentran en Beni.
Su prioridad es el de mantener los lazos que le unen al hip hop. Y es por ello que ni bien llegó al país, Blanco comenzó por entablar amistad con los raperos alteños.
El primer encuentro se realizó el martes 18 en la Ceja de El Alto. A la cita asistieron tres raperos quienes compartieron con Blanco sus historias de vida, las que no dejan de tener similitud con la del paceño.
Allí está, por ejemplo, la de Eduardo Queno Apaza. A sus 21 años, el MC Demonio se mantiene gracias a su trabajo como voceador de minibús. Sin embargo, en su adolescencia tuvo que vivir en las arterias de la Ceja. “El frío, eso es lo que uno nunca puede olvidar de las calles de El Alto; el frío de la noche. Hay peligros en la Ceja que la gente ni se imagina”, dice.
Queno es creador del MKZ (Movimiento Kon Zaz), un estilo que emula al swing ácido utilizado por algunos grupos mexicanos, pero con el uso de la jerga tradicional urbana alteña. “Los mexicanos hablan de marihuana y de pandillas, yo me centro en nuestra realidad nacional”, dice e inmediatamente comienza a rimarle al hip hop que, asegura, le salvó la vida. Hago este testamento sellado/ con verso/sentimiento/porque no pasas de moda/ gracias a aquellos que no te quisieron por joda/Te estudiaron y hasta por ti la vida ‘daron’.
Los pies del Niño Problemas acompañan la melodía de su compañero. Se trata de Héctor Calcina Mamani. El joven de 23 años es fundador del grupo Rimadores Locos, dúo que quedó trunco por la migración a Argentina de su compañero de música, el MC Niño Delincuente. La dureza de sus apodos artísticos no es casual. “En el hip hop hay que ganarse el nombre que uno lleva. Nosotros andábamos en pandillas, con drogas y alcohol. Ése es un pasado que siempre nos acompañará”.
Estudiante de Ingeniería de Sistemas, con los años Calcina ha logrado armar un estudio artesanal de grabación. Cuenta, junto a Rimadores Locos, con tres discos y para este año prepara el lanzamiento de su primer producción como solista, Entre el silencio, “se trata de cosas que uno sólo las dice cuando está solo”, adelanta.
De los labios de Gunther Linares Deheza (17), en cambio, salen frases duras, como una especie de inevitable catarsis vocal. Tantas veces la verdad te he mostrado/Mira, salimos de un gueto marginado/No cantamos cosas que no hemos pasado/Mira, algunas veces mi padre me sacó la mierda/se fue con su amante/Mientras mi madre trabajaba/yo y mi hermano en la escuela/y en los negocios sucios/Hemos cañado/hasta la mota hemos probado.
Cuando su voz cesa, no deja de sorprender la diferencia que hay entre sus agresivas palabras y su apacible rostro adolescente. Ruido (su nombre artístico) trabaja en una barraca, “a ese nivel estoy”. Pero su sueño es el de estudiar Lingüística. Mientras ese día llegue, Gunther, junto con su hermano, Marcel, impulsan el proyecto musical Ruido de la Calle que representa el hip hop de Río Seco. “Nos gusta decir las cosas directas y con frialdad, ese nivel somos”, dice.
La cita entre los cuatro raperos termina en una casa de Alto Tejar, con una impresionante imagen de la ciudad de La Paz de fondo y con la promesa de mantener vitales y unidas las rimas de los hiphoperos bolivianos, los de aquí y los que están fuera en busca de un mejor futuro de vida.
Texto y fotos: Javier Badani Ruiz