CARNAVAL 2011 NO MEMORIAL - BARRA FUNDA
Por: Da Redação
Bolivianos festejam no Memorial neste domingo
Os bolivianos radicados em São Paulo também comemoram o carnaval. A festa será no domingo, 6 de março, a partir das 12h, na Praça Cívica do Memorial. "Morenadas", "diabladas", desfile a fantasia e de bandas típicas apresentam a diversidade cultural da Bolívia. A comemoração é organizada pelo Consulado Geral da Bolívia em São Paulo e pelas entidades que representam os bolivianos emigrados.
O número exato de bolivianos em São Paulo é desconhecido, mas calcula-se algo entre 150 e 200 mil pessoas. Muitos deles se organizaram em torno da Associação Cultural de Grupos e Conjuntos Folclóricos Bolívia Brasil e dão exemplo na promoção da cidadania e da responsabilidade social por meio da integração cultural e cultivo de suas tradições, folclore, festas e devoções.
A comunidade boliviana faz outras festas no Memorial, como a comemoração da Independência de seu país, em agosto, e o ritual católico e sincrético em louvor à Virgem de Copacabana, padroeira da Bolívia, e à Virgem de Urkupiña, padroeira de “la integración” – integração aqui no sentido amplo, das várias nacionalidades que formam a Bolívia entre si e integração dos filhos emigrados às sociedades dos países escolhidos para morar e trabalhar.
Conheça a forma em que os bolivianos se organizam:
Fraternidade Morenada Nueva Revelación
A Fraternidade Morenada Nueva Revelácion demonstra o folclore boliviano com a dança morenada, uma das mais expressivas manifestações de cultura boliviana. O nome adotado pela fraternidade “Nueva Revelácion” vem da festividade do Senhor do Gran Poder. Eles adotam o lema : “Fé e devoção à Virgem de Copacabana, com prêmio ou sem prêmio”. Segundo seus fundadores, eles transmitem a todos integrantes a união, amizade, devoção e fé nas Virgens de Copacabana e Urkupiña.
Fraternidade Folclórica e Cultural Caporales Universitários San Simón SP
Fundada no dia 22 de novembro de 2007, em São Paulo, por um grupo de amigos que queriam se expressar por meio da “dança caporales”, ela se divide nos blocos: “ Tropa de homens :Verdaderos Simones”, “Tropa de cholitas: Las simonitas”. Suas cores são o azul e o vermelho. Seu lema: “Sorrir, cantar y bailar .. San Simón te vá a mostrar!”
Fraternidade Diablada 10 de feb
rero Fundada pelo casal Jorge Choquecallata Mollo e Julia Huarachi Arias, filhos, familiares e amigos, todos ansiosos em demonstrar a dança da “Diablada”, destaque do famoso Carnaval de Oruro, cidade que é símbolo do carnaval boliviano. A dança da Diablada consiste na interpretação da eterna luta do bem contra o mal, representada pela pugna entre o Arcanjo Miguel e a legião de diabos que tentam impor a força do mal sobre a terra. Ao mesmo tempo, é a comunhão de tradições antigas, anterior à chegada dos espanhóis, com a cultura européia. Demonstração disso são os trajes e as impressionantes máscaras usadas pelos dançantes.
Fraternidade
Juventude Rebelde Composta por jovens e crianças, usam trajes coloridos e espalhafatosos. A fraternidade tem por objetivo dançar para a Virgem de Copacabana e Urkupiña e o faz com muita fé e devoção.
Tinkus BOLIVIA Wuayna lisos Expressão “ quéchua” que significa encontro, união, equilíbrio, convergência. Praticado no norte da cidade de Potosí, Tinku é o nome de brigas rituais nas quais se encontram bandos opostos onde parecem guerrear mas na realidade trata-se de um ritual, posto que une em vez de separar. O ritual está sendo diversificado e transformando-se em dança folclórica praticada em toda Bolívia , sendo alegre e contagiante. O ritmo pulsante do Tinku e as cores vibrantes das roupas dos dançarinos, fizeram da Fraternidade Tinkus Wuayna Lisos uma das mais apreciadas pela comunidade boliviana.
Fraternidade Morenada Juventud Intocables
" Los Intocables” com o apoio de todos seus fraternos, amigos e familiares levam adiante a fé e devoção à Virgem de Copacabana e Urkupiña, bem como são entusiastas participantes das festividades em homenagem à independência da Bolívia, quando dançam a morenada.
Fraternidade Kullaguada Esmeraldas Del Vale
Devotos da Virgem de Copacabana e Urkupiña, demonstram a beleza da mulher nativa, com a cadência de sua dança, segurando uma “kapu”. Os passos evocam o ritual das fiandeiras do passado, que, ao retornarem das grandes cerimônias , demonstravam o desfiar da lã . Esta dança tem como símbolo a “ roca”, que no idioma Aymará é “Kapu”.
Grupo Folclorico Kantuta Bolivia
É um dos grupos pioneiros de dança folclória boliviana (fundado em 1993) e gozam do respeito da comunidade. É formado por crianças, jovens e adultos. Tem uma larga carreira de participações em eventos em São Paulo.
Grupo Folclorico K’ori Jallpas
O grupo folclórico apresenta a dança Salaque, ritmo boliviano também chamado Huayno, em quéchua. Este grupo é composto de estudantes da escola Domingos Faustino Sarmiento, do programa Escola-Familia, que a cada final de semana oferece diferentes cursos e atividades de capacitação para estrangeiros, em especial a comunidade Boliviana.
Morenada Bolívia Central Os fundadores assumiram o desafio de demonstrar a dança do Moreno e a sua cultura originaria, por meio da uniformidade, coreografia e organização. A Fraternidade optou pelo nome com o sentimento de reunir e unificar a comunidade boliviana sem distinção de classes sociais. Consideram-se herdeiros diretos da grande nação “Jaymar Aru” e almejam não só agradecer à mãe terra “Pachamama”, como recuperar as praticas culturais que foram motivos de orgulho dos seus ancestrais. Ao mesmo tempo, desde sua fundação, a Fraternidade louva a milagrosa Virgem de Copacabana.
Juventud chicheña
Fundando em 10 de novembro de 2007 por “fraternos” do Sul da cidade de Potosí, na Bolívia, o Juventud Chicheña representa a dança tarqueada, na alegria, ritmo e cadência contagiante de instrumentos de sopro tradicionais.
Conjunto Auctoctono Jacha Sicuris de Italaque “Nuevo amenecer”
Na Bolívia, a arte de tocar instrumentos tradicionais, como “Zampoñas” e “bombos”, passa de geração a geração. Querendo preservar essa tradição em terras estrangeiras, um grupo de bolivianos criou essa fraternidade, que procura cultivar essa herança.
6 de março, domingo, a partir das 12h
Carnaval boliviano em São Paulo
Praça Cívica do Memorial
ENTRADA FRANCA
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