miércoles, 30 de marzo de 2011

DILMA ..LANZA PROGRAMA " REDE CIGUEÑA "


Programa Rede Cegonha é lançado hoje

Por: Gimaine Teodoro



























A presidente Dilma Rousseff lançou hoje a Rede Cegonha. Um sistema para tratamentos de gestantes em todas as fases da gravidez e de bebês nos dois primeiros anos de vida. O programa foi promessa de campanha de Dilma quando presidenciável.

O Rede Cegonha foi lançado oficialmente pela presidente em seu programa semanal Café com a Presidenta. E vai funcionar como uma corrente de cuidados especiais para as gestantes.

De acordo com ela, um país pode ser medido pela atenção que dá às mães e aos bebês. O programa prevê investimentos de R$ 9,4 bilhões para a implantação, até 2014. Dilma explicou que o objetivo é começar a agir cedo, antes do nascimento da criança, para que haja maior qualidade de vida  para a gestante e melhores condições para o parto.

A Rede Cegonha será ligada ao Sistema Único de Saúde (SUS). A mulher que chegar a uma unidade estadual ou municipal informando que está grávida ou que há suspeita de gestação deverá passar, inicialmente, por um teste rápido. “Vamos começar o pré-natal ali, no primeiro contato com a gestante, para incentivá-la a fazer um pré-natal completo, como é o recomendado”, disse Dilma.

De acordo com a presidente, o governo federal vai garantir recursos para o deslocamento da gestante às consultas e exames por meio de um vale-transporte. Ao final da gestação, se a mãe tiver cumprido todo o pré-natal, receberá também um vale-táxi para ir à maternidade.

Atualmente, cerca de 90% das gestantes brasileiras realizam as quatro consultas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Rede Cegonha pretende ampliar o número para seis.

O SUS recomenda ainda 20 tipos de exames às gestantes mas, com o programa, testes como a ultrassonografia deverão ser incluídos no pré-natal. Caso seja detectada uma gravidez de risco, nove tipos de exames complementares também terão recursos garantidos.

A gestante poderá conhecer, com antecedência, a maternidade para a qual será encaminhada e vai ser estimulada a fazer parto normal. O governo federal pretende criar ainda casas da gestante e casas do bebê, unidades localizadas dentro de maternidades de alto risco.

“A mulher pode precisar ficar nessas casas antes do parto, caso não tenha indicação de ficar internada mas precise continuar sendo observada. Elas podem também ser indicadas depois do parto, quando o bebê está em uma UTI [Unidade de Tratamento Intensivo] ou não possa, por nenhum motivo, ir para casa”, explicou Dilma.

Segundo o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, os investimentos iniciais serão destinados à área da Amazônia Legal, ao Nordeste brasileiro e às regiões metropolitanas das capitais [como São Paulo].

Ele explica que a prioridade nesses locais é porque os dois primeiros concentram as mais altas taxas de mortalidade infantil e materna e, no caso as regiões metropolitanas são marcadas pela "peregrinação" de gestantes para fazer exames e por vagas em maternidades; tanto de outros estados quanto de países vizinhos.

O secretário afirma que o ministério pretende fazer um levantamento da disponibilidade e situação das unidades de saúde ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Magalhães explicou que o programa prevê a construção de maternidades "onde não tiver uma maternidade pública ou filantrópica para atender o SUS", além de investimentos em equipamentos, exames e em pessoal. Magalhães ressaltou que entre os objetivos do programa está a redução em pelo menos 15% do índice de mortalidade materna, atualmente em 60 mortes para cada 100 mil partos, e da mortalidade infantil, hoje em 14,5 óbitos para cada 1 mil nascimentos, para "um dígito".






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