Direito ao voto para imigrantes é discutido em oficina de política e cidadania
Por: Thiago Baltazar - São Paulo 7 de novmebro de 2011
Foi realizado neste domingo (6) a Oficina de Política e Cidadania com o tema: direito ao voto para o imigrante. De acordo com organizações membros da Rede Sulamericana Espaço sem Fronteiras, o Brasil é o único país da América Latina a não reconhecer este direito ao imigrante permanente no país. O evento composto por três mesas de discussão foi realizado no CDHIC (Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante).
O encontro contou com a participação de Iván Forero, coordenador do Fórum Social de Migrações que através de uma videoconferência relatou as experiências do movimento a favor do voto para Imigrantes em outros países. Paulo Illes, coordenador do CDHIC justificou a presença de Iván. “Primeiro nós gostaríamos de ouvir como está sendo feito este trabalho fora do Brasil. Por isso ouvimos as experiências do companheiro Iván. Esta campanha existe na Espanha e também na Argentina com o lema: Aqui vivo, aqui voto”. Paulo divulgou também os dados do movimento para além das fronteiras brasileiras. “Embora em um número insignificante diante da quantidade de imigrantes, alguns deles já estão votando. Cerca de 11 mil votaram na Argentina e 732 mil na Espanha, país que possui cerca de três milhões de imigrantes”. O coordenador do CDHIC ressaltou ainda a necessidade de difusão deste direito. “Precisamos convencer a sociedade brasileira e outros imigrantes de que o direito ao voto é importante e gera cidadania.”.
Vitor Hugo nascido na cidade de Ururo na Bolívia, afirmou que este projeto melhorará a vida dos imigrantes. “A oficina foi ótima para nos deixar mais conscientes aqui no Brasil. O voto vai melhorar nossa situação como pessoas e vai aumentar nossa auto-estima”, afirmou.
Sobre a luta pelo direito ao voto, é importante lembrar que no próximo dia 4 de dezembro haverá a Marcha do Imigrante no centro de São Paulo, onde várias reivindicações serão feitas. Paulo Illes explicou o início desta manifestação e as expectativas para o movimento deste ano. “Começamos com um ato simples na Praça kantuta e em 2007 foram mais de mil pessoas na Praça da Sé. Ano passado a Marcha foi realizada em Foz do Iguaçu, reunindo quatro países. Mas o que importa, é que tenhamos um número expressivo de imigrantes conscientes da luta, levando a bandeira e articulando isso posteriormente em suas comunidades”, disse.
A Oficina iniciada às 11h contou com um intervalo para o almoço e no cardápio havia comida típica boliviana. Cerca de 40 pessoas compareceram ao evento.
Paulo Illes
Coordenador do CEDHIC
FONTE
BOLIVIACULTURAL
RADIOINFINITAWEB
CDHIC
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