Migrantes por todo lado, num único lugar
Por: Gimaine Teodoro
Diversas bandeiras, sotaques e costumes. Diferentes áreas do mapa mundi e num único local, Mooca – São Paulo, Brasil. É a 16ª Festa do Imigrante, que acontece em 29 de maio e 05 de junho; o Bolívia Cultural foi conferir.
Culinária, dança, artesanato, cultura. Podiam ser palavras num folder do evento, mas indo além é algo ricamente presente no local, onde cheiros e sabores de nacionalidades distintas concorrem pela atenção dos visitantes e dançarinos, representando costumes muitos, devidamente caracterizados, desfilam pelo evento e se apresentam no palco principal.
Cada cultura tem sua vez. Todas o seu espaço e importância. Promovido pelo Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura e Memorial do Imigrante, pela primeira vez o evento contou com a participação da comunidade boliviana. Uma grande responsabilidade aceita e honrada pelo grupo Sociedad Folklorica Boliviana!
Dentre as nações de que se podia “sentir o gostinho” ou matar a saudade da terra natal, somente três são latino americanas. Sendo elas Paraguai (cujo grupo se apresentara na manhã do dia 05), Chile e Bolívia. Os dois últimos, com grupos folclóricos apresentados no domingo 29.
Com espaço amplo e bem dividido, o evento se compôs de setor de alimentação [onde se podia saborear a típica salteña boliviana], artesanato, sanitários, ponto de encontro/informações, palco e – estreando nesta edição - o Espaço Arte e Reflexão. Onde os visitantes encontravam um pouco da riqueza diversa que é a cultura paulista.
Entre vídeos (como Somos São Paulo – cedido pela exposição 6 bilhões de outros, radicada no MASP até 10 de julho – e o projeto do novo Museu da Imigração), livros, CD’s e DVD’s; arte-educadores desenvolvem oficinas de origami e desenho. Diferentes atividades para ilustrar as características dos países globo a fora.
Uma forma impactante de difundir estas culturas, é a dança. Onde – no Palco Principal – grupos demonstravam estilos de dança do país que representavam. Só no ultimo domingo, 12 bandeiras tiveram sua cultura representada pela dança de grupos folclóricos, dedicados a preservar e difundir as diferentes belezas e costumes dos povos.
Representando Bolívia, o grupo Sociedad Folklorica Boliviana, fundado em 2003 na capital paulista, trouxe as três variedades das danças do país:
- · Tobas – dança ágil e acrobática, tem como principal elemento a lança, que simboliza o ato guerreiro, que praticam rituais em devoção a seus deuses.
- · Cueca – Conhecida como a dança da conquista, faz alusão ao cortejo entre o galo e a galinha, no qual o lenço simboliza as penas ou a crista. Tem muitas variações regionais.
- · Caporales – dança afro-boliviana e contemporânea. É a personificação do capataz, aos quais os escravos índios e negros eram submetidos. Homens, expressam a força e o poder, e as mulheres acompanham o vigor da dança com movimentos elegantes e sensuais, para amenizar o sentimento brutal de seus parceiros.
O publico compareceu em número expressivo, no dia 29, considerando-se que o museu estava fechado nesta edição e que, apesar de organizado, acessível e livre de filas o banheiro estava um bocado sujo.
O evento num todo está estruturado para grandeza e desfrute do público. Os organizadores e funcionários no local simpáticos e acessíveis auxiliavam os visitantes e tornavam o evento ainda mais agradável. Uma experiência rica e acessível.
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