Assembleia de imigrantes reúne latino-americanos na Feira Kantuta
Por: Angelina Miranda - São Paulo, 20 de agosto de 2012
Pensando na discussão sobre trabalho digno aconteceu neste domingo (19) assembléia dos imigrantes na Feira Kantuta. A iniciativa é do Centro de Apoio ao Migrante (CAMI).
A iniciativa é do Centro de Apoio do Migrante (CAMI) e teve como intuito orientar e dar mecanismos para que o imigrante busque os seus direitos, não ficando vulnerável a trabalhos análogos à escravidão.
Outras assembleias são cogitadas com temas como saúde e educação. |
Marina Novaes, advogada do Centro de Apoio ao Migrante, Juliana Felicidade Armede, coordenadora do Núcleo da Secretaria da Justiça, Pe. Mario Geremia coordenador da Pastoral do Migrante e Alexandre Bento, representante da Central Única dos trabalhadores (CUT) foram as autoridades presentes que dialogaram com os imigrantes.
Muitos bolivianos, e até mesmo um argentino, levantaram questões a cerca do trabalho na costura. Um deles apontou que por causa dos custos para contratar um funcionário dentro das normas trabalhistas, muitos donos de oficina não regularizam a situação de seu empreendimento alegando que a disputa no mercado se torna desleal. Fator não tomado como desculpa por Armede.
“Estando no Brasil é imprescindível que se trabalhe dentro das leis, para evitarmos problemas futuros. Temos direitos, mas também deveres”, disse.
Tendo a oportunidade de falar, um boliviano explicou o porquê das longas e exaustivas horas de trabalho nas oficinas.
“O nosso pecado é trabalhar. Não trabalhamos o dia inteiro porque gostamos, mas sim porque ganhamos por peça produzida. Se trabalhamos em horário comercial, ao final do mês o que recebemos mal dá para comer”.
Roque Patussi, coordenador do CAMI, avalia que iniciativas como estas devem ser feitas com frequência para promover o diálogo sobre diversos assuntos.
Até o final do ano a instituição pretende realizar outra assembléia, desta vez sobre saúde.
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