domingo, 2 de enero de 2011

CON RELACION A DESCRIMINACION y RACISMO

Mãe brasileira pede que imigrante seja incluído em campanha antirracismo do UNICEF

Por: Sarah Fernandes


“Encontrei a campanha por acaso, no site do Unicef (Fundo nas Nações Unidas para a Infância) achei muito interessante a proposta de combater o preconceito contra crianças”, conta Eliana, que é secretaria de um artista plástico em São Paulo. “A campanha pedia que a sociedade participasse, então mandei um e-mail sugerindo que incluíssem as crianças imigrantes, que são vítimas de bullying”.

A preocupação de Eliana com o problema começou depois de ler reportagens informando que crianças filhas de imigrantes bolivianos tinham que “pagar pedágio” para não apanhar na escola. “Minha tia é casada com boliviano e tenho quatro primos descendentes, fiquei preocupada se eles sofrem preconceito”, conta. “Além disso, sou mãe, tenho duas filhas. Não sei como me sentiria se algo assim acontecesse com elas”.

No e-mail ela pede que a campanha seja ampliada ou que se promova uma ação especial para as crianças imigrantes. “Não precisa ter descendência para se sentir indignado com a situação. São crianças sendo injustiçadas”.

O e-mail foi enviado ao Unicef nessa quinta-feira (2/12) e ainda não teve resposta, mas a expectativa de Eliana é que, na próxima semana, os organizadores da campanha entrem em contato.

A campanha: Por uma Infância sem Racismo foi lançada em 29 de novembro pelo Unicef em parceira com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Atores da Rede Globo de Televisão, como Lázaro Ramos, ajudarão a divulgar as ações.




Leia a carta na íntegra:

Bom dia.

No site do UNICEF diz que podemos participar da campanha e gostaria de fazer uma sugestão:

Esta campanha contra o racismo é muito pertinente, acho muito importante educar nossas crianças para que não se tornem adultos intolerantes e preconceituosos.

Porém acho que ela deveria ser mais abrangente. Temos vários casos de bullying e maus tratos a crianças imigrantes ou filhos de imigrantes em escolas, especialmente bolivianos, peruanos e colombianos. Essas agressões têm feito parte do cotidiano dessas crianças, muitas delas, por exemplo, tem que pagar uma espécie de "pedágio" para terem o direito de estudar em paz, como comprova uma reportagem do Portal R7.

A minha sugestão é que o Unicef crie uma campanha ou amplie a atual, chamando atenção dos pais, educadores e crianças para esse problema que considero grave e que tem sido negligenciado.

Acredito que se a sociedade e o governo se mobilizarem contra todo e qualquer tipo de racismo, vamos conseguir mostrar as nossas crianças que o grande barato da vida está em sermos diferentes e  que o mundo não teria a menor graça se  fossemos todos iguais.

Nossas crianças independentes de raça, nacionalidade, credo, precisam sentir-se aceitas e queridas no meio em que vivem, para que possam crescer felizes e saudáveis, emocional e fisicamente.

Espero poder ajudar em alguma coisa. Sou apenas uma mãe preocupada com o futuro de nossas crianças.

Eliana Freitas

São Paulo, 02 de dezembro de 2010





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