Grupo Folclórico Kantuta Bolivia completa 25 anos
Por: Angelina Miranda - São Paulo, 12 de Abril de 2012
Fé, dança e devoção. Esses três elementos que movem o Grupo Cultural Folclórico Kantuta Bolivia, que completa nesta quinta-feira (12) completa 25 anos de existência em São Paulo.
Criado em 1987, inicialmente denominado como Associação Grupo Folclórico Cultural Kantuta, é reconhecido como Primeiro Grupo de Danças Folclóricas Bolivianas no Brasil desde 1993, passando a se chamar 10 anos depois de Grupo Cultural Folclórico Kantuta Bolivia legalizada perante as leis brasileiras e constituída por um Estatuto Social.
Com tantos anos de trabalho, muitos foram os presidentes que passaram pelo grupo. Um deles foi Samuel Cabrera na gestão de 2007 a 2009, “Foi uma das maiores experiências da minha vida” relata.
Expandindo a cultura boliviana além da comunidade, Cabrera relembra a participação no Festival de Cultura Paulista Revelando São Paulo 2007, “Foi uma das apresentações mais memoráveis, além da importância do evento, nossa aparição abriu muitas portas ganhamos notoriedade, nos apresentando depois em cidades do interior de São Paulo”.
O Kantuta é formado por crianças, jovens e adultos, bolivianos, chilenos, peruanos e brasileiros, sem distinção, e embora apresentem danças como tinku, tobas, morenada, diablada e cueca de diversas regiões da Bolívia, mas a marca do grupo é a dança caporal, que embala os mais de 100 integrantes.
Entre eles está Raul Antelo. Com 20 anos, desde os nove no Brasil o crucenho conta que desde pequeno se sentiu atraído pela dança caporal, “Eu conheci o Grupo Kantuta pelo meu primo Michel, faz alguns anos, mas não tinha condições de participar, porque o tempo não dava, mas depois de muita conversa consegui entrar no grupo. Fui muito bem acolhido pelo pessoal, todos sempre com muita alegria não tem como não gostar” novo no grupo já sabe que os integrantes não dançam à toa “Dançamos com orgulho, amor e principalmente por devoção”.
A Bolívia se caracteriza pela religiosidade e a cultura politeísta, ou seja, a crença em mais de um deus. Enquanto celebram Jesus Cristo seguem o ritual de challar (jogar bebida no chão) à Pachamama (mãe terra). E é pelas deidades religiosas que os devotos dançam como a padroeira do país Virgem de Copacabana.
A respeito do futuro do Kantuta Bolivia, Alexander Tápia afirmou que deseja aumentar ainda mais o número de integrantes. “Quero fazer com que essa família Kantuta cresça, que chegue a 200, 300 integrantes” e convida “Não é só boliviano que pode participar. Em poucas palavras, quem quiser, tiver vontade e gostar da cultura boliviana, pode entrar”.
Festa
Aproveitando o ensejo no dia 28 de abril, acontece a Peña Folclórica, festa organizada pelo Kantuta Bolivia. Com muita dança, música e animação o evento começa às 18h. Saiba mais
Fonte:
Bolívia Cultural
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