Movimentos sociais protestam na Avenida Paulista contra golpe no Paraguai
Por: Thiago Baltazar - São Paulo 28 de junho de 2012
Na tarde desta quinta-feira (28) movimentos sociais se reuniram em frente ao gabinete da presidência da república na Avenida Paulista para pedir medidas mais duras contra o novo governo do Paraguai e reivindicar o restabelecimento de Fernando Lugo à presidência do país.
O protesto foi dividido em três partes.
1° Denunciar que o impeachment no Paraguai foi um golpe;
2° Cobrar do governo brasileiro medidas firmes contra o pais como não reconhecer o novo governo e a aplicar sanções políticas e econômicas;
3° Manifestar a solidariedade ao povo do Paraguai.
“Nós fizemos uma reunião no começo da semana com mais de 20 entidades para condenar esse golpe de estado que foi deferido no Paraguai”, afirmou Igor Felippe Santos da coordenação do MST.
Em torno de 200 pessoas compareceram ao ato. Dentre elas havia muitos imigrantes paraguaios que vivem em São Paulo, como Vicente Ramón, membro titular da comunidade paraguaia na cidade.
“Estamos saindo nas ruas pela democracia. A sociedade paraguaia não está aceitando isso e vamos reivindicar esse direito que é garantido no artigo 138 da constituição do Paraguai”, disse.
Ramón acredita que não há necessidade de esperar nove meses (período restante do governo de Lugo) para que o país inicie uma votação para um novo presidente. “Temos que chamar eleições o mais rápido possível”.
Na última sexta-feira (22) o governo da Bolívia condenou o que chamou de golpe de estado no Paraguai, e foi seguido por outros países da América Latina como Venezuela e Argentina.
“O povo hermano boliviano se solidarizou prontamente pela democracia do Paraguai”, disse Ramón. Ele agradeceu ao presidente Evo Morales por sua postura em relação ao novo governo. “Muito obrigado por apoar a revolução pacífica da sociedade paraguaia”.
Logo após o protesto na Avenida Paulista, os governos do Brasil, Uruguai e Argentina anunciaram que o Paraguai está oficialmente fora do Mercosul até as próximas eleições que estão previstas para abril do ano que vem. A decisão é inédita em 21 anos de história do bloco.
Vicente Ramón Bogaringa Gamarra da comunidade paraguaia no Brasil.
Martin Arguello, estudante paraguaio
Juan carlos Paes, representante venezuelano no Brasil
Igor Felippe Santos, coordenador do MST.
Participaram do ato
- Cebrapaz
- CUT
- MST
- MMM
- UJS
- Barão de Itararé
- SRI-PT
- Secretaria Foro de São Paulo
- MAB
- Jubileu Sul
- Movimentos ALBA
- JAPAYKE
- CONEN
- Levante Popular da Juventude
- Consulta Popular
- Via Campesina
Fonte:
Bolívia Cultural
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