Missa póstuma pelo falecimento do jovem boliviano Wilfredo Rodrigues Chambi
Por: Da Redação
Na noite da terça 19 de junho, foi realizada Missa Póstuma pelo falecimento do alfaiate boliviano Wilfredo Rodrigues Chambi, de 26 anos. Morto numa tentativa de assalto na madrugada da segunda, na qual foi ferido por um dos assaltantes com arma branca. Vindo a falecer a seguir.
Wilfredo estava morando na cidade de São Paulo, à somente 3 meses, segundo tio da vitima.
O cerimonial foi realizado na Igreja Santo Antonio do Pari. Onde familiares, amigos e residentes bolivianos, comovidos pela tragédia da família do jovem, tomaram espaço na igreja, em lamento.
Mensagem de uma mãe aos jovens bolivianos
No altar, como é costume na Bolívia quando o corpo não se encontra presente, havia uma cadeira com roupas e uma fotografia do falecido. O padre que celebrou a missa foi enfático, ao comentar que a paróquia conhece bem os diversos problemas que a comunidade vem suportando por muito tempo. Ele pediu maior acolhimento aos moradores da região, independente de nacionalidade, que convivessem na maior paz e harmonia.
Ao fim do ato religioso, formou-se uma fila em direção a saída da igreja, para render homenagens aos familiares do falecido; a emoção foi muito clara por todos os que compareceram ao ato. A família Chambi agradeceu o comparecimento de diversos membros da comunidade boliviana; e todos aqueles que vêem a perda de mais esta vida, como injustificável.
Bola e seu tio comentam sobre a tragedia e a dor da familia
O primo de Wilfredo, que sobreviveu ao assalto e é conhecido pelo apelido de “Bola”, declarou seu desapontamento ao ver nos meios de comunicação, o trágico acontecimento apontado como briga de gangues... Reafirmando que os 4 amigos que vieram ao Brasil para trabalhar, em sua horas livres praticavam esporte e principalmente dança folclórica, como seu caso num grupo folclórico que expõe a cultura boliviana com a dança típica El Tinku.
Havia tempo e motivação para disputas e integração com gangues? Quando desportes e cultura eram postos em pratica?
Mãe reclama pela proliferação de bares e distribuição de álcoo
Sra. Marlene de Vargas da ADRB repudia a violência
Outro ponto a se analisar é a aparente falta de atenção do delegado de plantão na noite do acontecimento, também comentada por Bola, “ele não queria manter preso o assassino do meu primo, se não for um brasileiro presente que pediu para acionar um repórter, o assassino teria sido solto”, disse ele.
Ao fimda cerimonia comunidade se reuniu nas portas da igreja, encabeçados pela Sra. Marlene de Vargas diretora de ADRB (Associação de Residentes Bolivianos). Ali muitas mulheres mães de família expressaram seu repudio a mais esta morte, e principalmente aos bares que vendem bebidas alcoólicas indiscriminadamente, propiciando acontecimentos tão lamentáveis.
Foi unânime a ideia de fechar e manter maior controle dos estabelecimentos que incentivam a desordem e o alcoolismo nos jovens. O que gera uma grande gama de outras historias de tragédias com álcool e ambientes que o comercializam sem responsabilidade social, visando somente lucro; em comum.
A primeira medida tomada pela diretora da ADRB, Marlene, foi a criação de um documento solicitando ao governo boliviano a criação de um departamento social no consulado na cidade de São Paulo.
Mãe bolivana desabafa, Sra. Marlene de Vargas da ADRB sugere criar um documento e colher assinaturas
Este departamento teria a função de ajudar a organizar na comunidade, sua consciência ética e social, e ser o elo entre o governo boliviano e os imigrantes que mesmo residindo fora de sua terra natal, continuam sendo cidadãos bolivianos. O documento será apoiado por assinaturas da comunidade boliviana em peso, e todos aqueles que concordam com sua proposta; estando disponível na sede da ADRB a partir do próximo sábado. Ele vai percorrer a Feira da Kantuta e outros centros de concentração da comunidade boliviana para apoio e esclarecimento.
O Consulado da Bolívia acionou seu departamento social, comandada pelo Sr. Pepe Bolívia, e articulou a documentação para liberação do corpo de Wilfredo Chambi. Enquanto a empresa de transporte aéreo, AeroSur – como é de sua politica – se prontificou a repatriar o corpo do jovem boliviano.
Lamentavelmente este processo envolveu uma terceira empresa que cuida do embalsamamento do corpo do falecido. Com sede na cidade de Guarulhos, a empresa cobre aproximadamente R$ 6.000,00 pela liberação do corpo. A Associação de Residentes Bolivianos, representada por Marlene Vargas, se prontificou a negociar com esta empresa e possibilidade de baixar estes valores.
Pai de familia opina e recomenda maior controle em bares
A equipe de Bolívia Cultural agradece a todos que participaram neste ato religioso. Só assim com a nossa participação iremos mudar conceitos da nossa comunidade e alavancar o fortalecimento da comunidade boliviana no Brasil. E lembramos a todos a necessidade de reafirmar a NÃO VILOENCIA e o RESPEITO PARA COM TODOS!
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